Processos Criminais de José Ramos e
Catarina Pause
Os vizinhos do casal haviam
presenciado o português Januário e seu caixeiro com José Ramos um dia antes do
desaparecimento dos mesmos. A partir do momento em que esse fato ocorreu (em
1864), no outro dia Ramos recebeu uma intimação para que explicasse esse
mistério. Porém, ao chegar à delegacia, o acusado não revelou o que realmente
tinha ocorrido, mas alegou que os desaparecidos teriam embarcado para o
Caí.
Ao final do depoimento dado por José Ramos, o chefe de
polícia, Dário Rafael Callado, não se convenceu da “história” contada por
Ramos, e então decidiu investigá-lo. Como resultado, a polícia encontrou provas
de que Ramos foi o verdadeiro assassino e que sua esposa, Catarina Pause, era a
sua cúmplice.
José Ramos e Catarina Pause
foram presos em sua casa no dia 18 de abril de 1864, na antiga Rua do Arvoredo
e atual Rua Fernando Machado. Porém, não se sabe ao certo se o casal tenha
recebido alguma condenação, mas sabemos através da “lenda” que José Ramos
recebeu a pena de morte na forca, mas como a pena foi comutada, foi decidida
então a prisão perpétua com trabalho e, Catarina foi acusada como cúmplice e
recebeu pena de 13 anos e 4 meses de prisão, com trabalho. E, que os condenados
cumpriram as penas em um presídio próximo à Praça da Harmonia.
Decorrido um século após os crimes, ainda continuam os
mistérios de três processos criminais desaparecidos em 1998. Segundo a pesquisa
feita pela universitária Cristina Fuentes Hamerski, “O primeiro processo versou sobre o
assassinato do português Januário e seu caixeiro. O segundo se deteve no
assassinato do açougueiro Carlos Claussner, e o terceiro trazia em seu bojo o
caso onde os assassinos teriam usado a carne humana para fabricar linguiças e
comercializá-las para a população local“.
“Existem duas hipóteses, que
causam controvérsias, mas podem levar a alguma pista do paradeiro da parte
principal do processo. A primeira hipótese seria de que em 1972, o Arquivo
Público queria abrir espaço e começou a se desfazer de parte da documentação e,
a segunda hipótese seria a de que o documento saiu por vias ilegais,
provavelmente através dos funcionários do local.”
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