Thursday, November 7, 2013

Patrícia Cardoso

 Processos Criminais de José Ramos e Catarina Pause

            Os vizinhos do casal haviam presenciado o português Januário e seu caixeiro com José Ramos um dia antes do desaparecimento dos mesmos. A partir do momento em que esse fato ocorreu (em 1864), no outro dia Ramos recebeu uma intimação para que explicasse esse mistério. Porém, ao chegar à delegacia, o acusado não revelou o que realmente tinha ocorrido, mas alegou que os desaparecidos teriam embarcado para o Caí.  
            
Ao final do depoimento dado por José Ramos, o chefe de polícia, Dário Rafael Callado, não se convenceu da “história” contada por Ramos, e então decidiu investigá-lo. Como resultado, a polícia encontrou provas de que Ramos foi o verdadeiro assassino e que sua esposa, Catarina Pause, era a sua cúmplice. 

José Ramos e Catarina Pause foram presos em sua casa no dia 18 de abril de 1864, na antiga Rua do Arvoredo e atual Rua Fernando Machado. Porém, não se sabe ao certo se o casal tenha recebido alguma condenação, mas sabemos através da “lenda” que José Ramos recebeu a pena de morte na forca, mas como a pena foi comutada, foi decidida então a prisão perpétua com trabalho e, Catarina foi acusada como cúmplice e recebeu pena de 13 anos e 4 meses de prisão, com trabalho. E, que os condenados cumpriram as penas em um presídio próximo à Praça da Harmonia.

          

Decorrido um século após os crimes, ainda continuam os mistérios de três processos criminais desaparecidos em 1998. Segundo a pesquisa feita pela universitária Cristina Fuentes Hamerski,  “O primeiro processo versou sobre o assassinato do português Januário e seu caixeiro. O segundo se deteve no assassinato do açougueiro Carlos Claussner, e o terceiro trazia em seu bojo o caso onde os assassinos teriam usado a carne humana para fabricar linguiças e comercializá-las para a população local“.

“Existem duas hipóteses, que causam controvérsias, mas podem levar a alguma pista do paradeiro da parte principal do processo. A primeira hipótese seria de que em 1972, o Arquivo Público queria abrir espaço e começou a se desfazer de parte da documentação e, a segunda hipótese seria a de que o documento saiu por vias ilegais, provavelmente através dos funcionários do local.” 
          

No comments:

Post a Comment