Thursday, November 7, 2013

Roseane Andressa

José Ramos


     José Ramos nasceu em Santa Catarina, lugar onde matou seu pai ao presenciar o mesmo agredindo fisicamente sua mãe, após este episódio foi obrigado a fugir optando como destino o estado do Rio Grade do Sul mais precisamente a cidade de Porto Alegre.


         Durante seu período como residente na capital do Rio Grande do Sul foi taxado como um ser elegante, viajado, ou seja, era visto por todos como um cidadão considerado fino até se transformar em um monstro, assassino e até mesmo considerado um canibal.



O fato que envolve a fabricação das linguiças era considerado apenas um meio de fuga e/ ou de encobrir as mortes, pois os restos mortais eram transformados neste alimento e os ossos eram colocados em ácido na tentativa de dar um fim nestes

Ramos frequentava a mais alta classe de Porto Alegre, sendo conhecido por seu comparecimento a eventos de alto luxo e sofisticação, como óperas, apresentações teatrais e por ser um frequentador assíduo do Teatro São Pedro onde presenciava diversos eventos.

Ramos frequentava a mais alta classe de Porto Alegre, sendo conhecido por seu comparecimento a eventos de alto luxo e sofisticação, como óperas, apresentações teatrais e por ser um frequentador assíduo do Teatro São Pedro onde presenciava diversos eventos.



Foi na capital também que José Ramos desempenhou o papel de informante da Polícia, mais precisamente como informador do delegado Dário Callado, que mais tarde realizaria a prisão do mesmo. Foi em Porto Alegre também que o mesmo encontrou e se apaixonou por Catarina Palse, uma mulher de origem húngara, com a qual foi morar na denominada Rua do Arvoredo (atual Fernando Machado), lugar este que se localizava próximo a um cemitério que encontrava- se nos fundos da chamada Catedral Metropolitana de Porto Alegre.


Acredita-se que José Ramos detinha uma fascinação pelo “ato da degola”, ou seja, o mesmo teria aprendido esta prática com seu pai que provavelmente lutou na guerra, devido a isso todos os seus homicídios consistem neste ato, isto é, Ramos pode ser taxado como louco, psicopata, doente, assassino, entre inúmeros outros nomes dados como justificativa para tais acontecimentos, porém o mesmo possuía amplo conhecimento perante seus atos o que indica que não retinha nenhum, aparentemente, distúrbio mental, fato este que não consta em documentos da época, devido a isto a análise relativa ao que verdadeiramente motivava José a cometer seus homicídios encontra- se como um enígma que possívelmente nem o próprio Ramos saberia explicar e até  mesmo convencer alguém de que seus crimes eram válidos.


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Atualmente nos acostumamos a denominar como loucas as pessoas que cometem crimes considerados irracionais, que fogem de uma explicação lógica, de um esclarecimento coerente, isto é, José Ramos também encontra-se neste grupo de seres vivos, pois cometeu delitos inexplicáveis. Porém nada prova que o mesmo possuía alguma doença ou distúrbio, não podendo assim confirmar algum perfil psicológico correto e preciso.  
         

Acredita-se que José Ramos detinha uma fascinação pelo “ato da degola”, ou seja, o mesmo teria aprendido esta prática com seu pai que provavelmente lutou na guerra, devido a isso todos os seus homicídios consistem neste ato, isto é, Ramos pode ser taxado como louco, psicopata, doente, assassino, entre inúmeros outros nomes dados como justificativa para tais acontecimentos, porém o mesmo possuía amplo conhecimento perante seus atos o que indica que não retinha nenhum, aparentemente, distúrbio mental, fato este que não consta em documentos da época, devido a isto a análise relativa ao que verdadeiramente motivava José a cometer seus homicídios encontra- se como um enigma que possivelmente nem o próprio Ramos saberia explicar e até  mesmo convencer alguém de que seus crimes eram válidos.


Atualmente nos acostumamos a denominar como loucas as pessoas que cometem crimes considerados irracionais, que fogem de uma explicação lógica, de um esclarecimento coerente, isto é, José Ramos também encontra-se neste grupo de seres vivos, pois cometeu delitos inexplicáveis. Porém nada prova que o mesmo possuía alguma doença ou distúrbio, não podendo assim confirmar algum perfil psicológico correto e preciso.  


Assim como todas as pessoas, José Ramos também possuía sentimentos, por mais individuais que os mesmos possam ser e por mais reservados que consigam ser expressados é correto afirmar que a maneira mais categórica de se diferenciar um ser real de um ser fictício ou relativamente aumentado pelo imaginação alheia é através de sua sensibilidade, ou seja, no José Ramos “criado” pela sociedade local não encontramos resquícios de um possível sentimento, seja ele amor, ódio, raiva, remorso, satisfação, o mesmo é apenas um ser, até mesmo desconsiderado humano, que realiza crimes, porém estes atos não o auxiliam a possuir emoções e muito menos a despertar desejos perante uma determinada sociedade, grupo ou pessoa.


Já no Ramos real, ser humano, por menor que seja a aparição de um sentimento, o mesmo existe e se faz presente em diversos momentos, desde seu primeiro assassinato. Isto é, no homicídio de seu pai, o mesmo foi movido pelo sentimento de justiça, no encontro com Catarina o homem foi alimentado pelo amor, paixão, nos possíveis assassinatos do cachorro e do garoto de 14 anos Ramos foi conduzido pelo medo de uma possível descoberta. Devido a estes fatos que se fazem verdadeiramente presentes nos documentos, nas histórias, nos relatos relacionados a este assunto, podemos visar que no José Ramos real sentimento não é apenas uma palavra sem significado prático, mas sim algo despertado perante uma ação, de frente a um acontecimento, sendo assim todos aqueles que possuírem, por menor que sejam, alguma emoção são categoricamente seres reais, que nenhuma imaginação foi capaz modificar. 

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